A montadora sueca Volvo anunciou hoje investimentos de R$ 75 milhões na fabricação de novos componentes e operações de logística de peças de reposição em seu complexo industrial instalado em Curitiba (PR). De acordo com a empresa, R$ 25 milhões serão investidos no projeto da Volvo de iniciar até o fim do ano a fabricação no Brasil das caixas de câmbio eletrônicas (I-shift), hoje importadas da Suécia para equipar 60% das unidades produzidas na capital paranaense.
Os outros R$ 50 milhões vão para a construção de um centro de logística de peças de reposição, também dentro do complexo industrial curitibano. O início das obras, que ainda depende de licença ambiental, está previsto para abril, com o começo das operações no último trimestre de 2012, informou Paulo Ricardo Turci, responsável pela divisão de peças na América do Sul.
Segundo ele, o novo centro vai duplicar a capacidade de armazenamento para 264 mil metros cúbicos. Com a finalização desse projeto, será fechada uma unidade de estoque de peças localizada fora do complexo.
O investimento no centro de distribuição, diferentemente da montagem da caixa de câmbio, não está dentro do programa de investimentos de US$ 250 milhões em três anos, a ser finalizado em 2011. Nos últimos dois anos, o Brasil foi o maior mercado no segmento de caminhões entre as operações globais da Volvo. A montadora mordeu 15% do mercado brasileiro de caminhões pesados no ano passado e sua filial brasileira teve faturamento de R$ 6,8 bilhões, incluindo receitas com exportações.
Em entrevista coletiva à imprensa, o presidente da Volvo no Brasil, Roger Alm, preferiu não traçar muitos números para 2011, mas adiantou que o ano começou com vendas aquecidas. "Começou muito bem. Tivemos um início de ano muito bom", afirmou. O executivo acrescentou que a montadora está preparada para crescer acima do mercado.
Só em janeiro, a Volvo contratou 170 funcionários, sendo que boa parte será absorvida com o início do terceiro turno da linha de cabines, previsto para este mês.
Como informou a empresa, a nova linha de caixas de câmbio deve começar as operações com dois turnos de trabalho, com 13 mil unidades produzidas ao ano em cada um deles.
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